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Cooperativas protestam contra a falta de coleta de rejeitos


>Postado em: 31 jul 2023

Sarah Reis e Socorro Ribeiro, lideranças das cooperativas Cootaral e ACCSB.

Cooperativas de trabalhadores que reciclagem resíduos sólidos protestaram em frente à sede da Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan), em Belém, hoje por volta das 15h30. Eles chegaram a interditar três das quatro pistas da Avenida Almirante Barro no sentido Centro/Entroncamento. O protesto é contra o que eles alegam ser omissão da Sesan em relação à coleta de resíduos do processo de reciclagem.

Ocorre que no galpão de separação dos recicláveis existe uma montanha com duas toneladas de rejeitos, em sua maioria formada por material inflamável. Esse material está dentro da sede das cooperativas de Recicladores das Águas Lindas (Cootaral) e Associação de Catadores da Coleta Seletiva de Belém (ACCSB). “Desde o início do ano a Prefeitura não recolhe o lixo de dentro do terreno, descumprindo a sua parte no termo de cooperação vigente”, reclama Sarah Reis, presidente da Cootaral.

Alegam servidores da prefeitura, que os bairros da Sacramenta e Barreiro são prejudicados pela empresa responsável pela coleta que atrasa o pagamento dos chamados “caçambeiros”, pelo que eles protestariam, por sua vez, não coletando o lixo doméstico. “O problema é que o lixo das residências é coletado depois, mas o rejeito não é coletado”, continua Maria do Socorro Ribeiro, da ACCSB.

“A falta de coleta é uma situação extrema que reflete o descaso da administração municipal com o trabalho das catadoras e catadores que se organizaram em cooperativas para saírem do antigo lixão do Aurá”, afirma Sarah Reis.

Após cerca de duas horas de protesto uma comissão se reuniu com a diretoria da Sesan e representantes das empresas para negociar. As cooperativas tiveram a garantia de que um mutirão seria realizado a partir desta terça-feira, dia 1, para zerar o resíduo nas cooperativas. A Prefeitura também se comprometeu a pagar a empresa coletora até sexta-feira.

A contratação dos catadores e o subsídio das atividades ficaram, de acordo com Sarah Reis, para outro momento da negociação que se estabeleceu. Essa era outra reivindicação das cooperativas.

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