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MC Believe canta na Batalha da Dorothy músicas do novo EP

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Brenda Believe, que está mudando seu nome artístico para MC Believe, realizou o show de abertura da Batalha da Dorothy Stang, realizada no último dia 16 de setembro, sábado. 

Ela agitou o público da Praça localizada no bairro da Sacramenta com o repertório do seu novo EP, o primeiro de sua carreira, lançado agora pelo selo UkaUka Records graças à parceria com o Coletivo Outros Nativos, “Não Vou Me Iludir”. 

Com a produção de Otávio Silva e Nicobates, o EP traz músicas de um disco que foi gravado em 2018 pela cantora mas nunca foi lançado. É o caso de “Consciência Social”, de Andy Garcias e Frank Marques, e o arrocha “Não sou mais sua”, de autoria de Believe e que encantou Manoel Cordeiro quando este manteve contato com o Coletivo Outros Nativos durante a pandemia.

A música “Consciência Social” foi a que mais chamou a atenção porque mobilizou o público quando ao poder de decisão da população, principalmente, a população da periferia. “Se o jeitinho brasileiro / Está matando este país / Se o velho aposentado vive pobre e infeliz / Se o errado é que está certo / Se a mentira tem razão / Se o rombo é descoberto /  Ninguém fica na prisão. Atenção, brasileiro! Atenção, brasileira! A culpa é nossa!”, diz a letra da canção.

A faixa título, também de autoria de Brenda Believe, ganhou arranjo estilo Brasil 2000, e a novidade ficou com “Menina Surtada”, composição recente que ganhou a contribuição dos produtores. “A grande sacada musical dos projetos dos Outros Nativos é a experiência de compor e produzir juntos, sempre buscando melhorar. E foi isso que eu mostrei nesse show”, contou a cantora e compositora.

A história musical de MC Believe é inspiradora. Com uma voz que ecoa no mundo da música desde os 12 anos, traçou uma jornada incrível até o coração da cena musical. Aos 14, começou a cantar na noite, entoando suas melodias nos bares do Telégrafo, em Belém.

Após a apresentação na Batalha da Dorothy, realizada na Praça de mesmo nome no bairro da Sacramenta, ela falou também sobre o lançamento de seu EP. “Não é apenas sobre música, é uma celebração da diversidade, da resiliência e da capacidade da arte tocar profundamente as pessoas”, disse sobre “Não vou me iludir”, que chegou este mês em todas as plataformas de streaming.

Fruto de mais uma colaboração entre o selo Uka Uka Records e o Coletivo Outros Nativos, dentro do Projeto Incubadora. Parceria possibilitada graças à Pró-Reitoria de Extensão da UFPA por meio do Núcleo de Inovação e Tecnologias Aplicadas a Ensino e Extensão (Nitae), coordenado pela Prof. Dra. Maria Ataide Malcher. Financiado com emenda parlamentar do então deputado federal Edmilson Rodrigues.

A Batalha da Dorothy contou ainda com as participações de Fartura Flame, Fartura Muk e MC 2KP, que tocaram repertórios autorais. O vencedor da batalha foi o MC Gordon Atack, que falou sobre o evento. “A Batalha tem o apoio do Coletivo Outros Nativos e isso é muito importante para a cultura da periferia que sofre com o boicote do poder público e das grande produtoras que exploram os artistas”, disse ele. 

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